Segunda audiência pública sobre concessão da hidrovia do rio Paraguai é realizada em MS
10/04/2025
(Foto: Reprodução) Debate durou cerca de três horas e discutiu de que forma o trecho de 600 quilômetros entre Corumbá (MS) e a foz do rio Apa, em Porto Murtinho (MS), vai ser entregue à iniciativa privada. Segunda audiência aconteceu nesta quinta-feira (10).
Divulgação
A segunda audiência pública sobre a concessão da hidrovia do rio Paraguai aconteceu nesta quinta-feira (10), no Centro de Convenções do Pantanal, em Corumbá (MS), conduzida pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).
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O debate durou cerca de três horas e teve como objetivo debater de que forma o trecho de 600 quilômetros entre Corumbá e a foz do rio Apa, em Porto Murtinho, vai ser entregue à iniciativa privada.
A concessão da hidrovia é uma das principais apostas do Governo Federal para o transporte de cargas. De acordo com a ANTAQ, o projeto prevê dragagem, sinalização, balizamento e a implantação de um sistema de gestão do tráfego hidroviário.
Conforme o secretário nacional de hidrovias e navegação, atualmente, são estudados seis trechos de hidrovias, e a do rio Paraguai é a que avançou mais rápido por causa do grande interesse logístico.
"Estamos falando em garantir uma navegação segura e é importante destacar que com ou sem concessão, a navegação já ocorre, porque a legislação permite. Mas a concessão traz mais segurança para esse transporte. O minério de ferro, por exemplo, produzido ali perto, vai ser escoado pela hidrovia por decisão das próprias empresas. A concessão vai garantir mais segurança para isso", ressalta.
Para o presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior, José Rebelo, o Brasil precisa mudar a matriz de transporte para reduzir a poluição e os custos logísticos. A expectativa é que o volume de cargas transportadas pelo rio Paraguai aumente de 8 para 25 milhões de toneladas por ano.
“O nosso país tem uma mentalidade rodoviarista, e nós precisamos avançar com a migração dessa matriz de transporte para o aquaviário. O Brasil, inclusive, assumiu compromissos internacionais para a descarbonização e só vamos conseguir cumprir esses compromissos com a migração de grande parcela dessa carga do rodoviário para o aquaviário. Então a gente precisa levar essa matriz para 22% do total da carga transportada, e isso só vai acontecer com medidas como essa”, ressalta.
A primeira audiência foi realizada no dia 6 de fevereiro deste ano, na sede da ANTAQ, em Brasília (DF). Até o momento, não há data definida para uma terceira audiência.
A ata do debate desta quinta-feira está disponível para consulta no site da ANTAQ.
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