Planta exótica que ameaça cítricos vai ter erradicação planejada em Campo Grande
09/09/2025
(Foto: Reprodução) A murta representa uma grave ameaça às plantações de cítricos.
Fabiana Assis/G1
Após a derrubada do veto pela Câmara Municipal, a Prefeitura de Campo Grande deverá planejar a substituição de exemplares da planta exótica murta (Murraya paniculata) por outras espécies.
A Lei nº 7.451 determina a retirada da murta em todo o território da capital por motivos ambientais e de saúde, uma vez que a planta é hospedeira do inseto transmissor do greening — uma das doenças que mais afetam a produção de cítricos no mundo (entenda mais abaixo).
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Segundo a lei, a prefeitura será a responsável por elaborar plano de erradicação, executá-lo, retirar e substituir as plantas. A exigência vai se aplicar apenas às casas e aos comércios que, antes da vigência da legislação, já possuíam mais de 10 árvores de murta.
O morador não vai ser cobrado pela remoção das plantas. O serviço será custeado pelo município. Além disso, não será aplicada multa prevista inicialmente, de R$ 1 mil, para quem manteve a espécie após a entrada em vigor da norma.
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Doença nos cítricos
O greening, também chamado de Huanglongbing (HLB), é transmitido pelo psilídeo, inseto que utiliza a murta como hospedeira. Extremamente prejudicial, a doença reduz a produtividade, compromete a qualidade dos frutos e pode matar as árvores.
Identificado pela primeira vez na Ásia, o greening chegou ao Brasil em 2004, em São Paulo. Atualmente, está presente em pomares de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Goiás, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, que reconhece o impacto e a importância do seu combate.
Com a expansão da citricultura em Mato Grosso do Sul, especialmente em Campo Grande, Sidrolândia, Terenos e outras cidades do interior, a preocupação com a murta aumentou.
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